Tecnopolíticas na cultura é tema de debate em BH

Para debater como as cidades se transformaram nas novas fábricas e nos novos laboratórios de convivência, criação, e de construção de mundos, o festival de artes, urbanismo e democracia, Cidade Eletronika, realizado na semana passada, de 8 a 11, contou com a participação da secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Ivana Bentes na mesa de abertura. O encontro buscou refletir sobre as possibilidades oferecidas pelas linguagens digitais e seu impacto nas formas de vida atuais, envolvendo tanto o urbano quanto sua periferia.
Com o intuito de explicar as tecnopolíticas no cotidiano e de como os grupos culturais se apropriam das tecnologias para se potencializar, a mesa de abertura contou com as participações, além de Ivana Bentes, de Antônio Lafuente, do Laboratório del Procomún de MediaLab-Prado de Madrid, do professor de democracia digital da Universidade Federal de Minas Gerais, Ricardo Fabrino.
Ivana falou sobre essas tecnopolíticas usadas por povos tradicionais e grupos das periferias e sobre o comunitarismo contemporâneo. Além disso, foram discutidas as novas tecnologias e a potência delas na política e nos novos movimentos. Foi apresentado um histórico de como esses grupos resistiram ao longo dos 500 anos desde o descobrimento do Brasil e como, mesmo diante das dificuldades, ainda permanecem vivos até hoje a partir de tecnologias sociais, construção de comunidades, tecnologias espirituais, propostas de formação livre e invenção de linguagens sofisticadas. Para a secretária o deslocamento da produção cultural para os espaços públicos e ruas, os bairros autogestionados, as ocupações urbanas, os Pontos de Cultura e laboratórios de rua expressam um desejo de estar juntos e com outros objetivos que não os da mera reprodução do que já está dado.
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