Segundo a presidenta Dilma Rouseff durante discurso no Dialoga Brasil, em Salvador, se não tem Cultura no Minha Casa Minha Vida, o programa se reduz a habitação, o Minha Casa, pois o Minha Vida é a Cultura que traz. A presidenta propôs que o Programa integrasse e previsse no seu escopo, políticas culturais como a dos Pontos de Cultura.
Para dar continuidade a essas provocações, os ministros da Cultura, Juca Ferreira, e das Cidades, Gilberto Kassab reuniram-se nesta terça-feira (13), em Brasília, para tratar da pauta Cultura e Cidades. Uma das propostas apresentadas pelo ministro da Cultura foi a parceria entre ambos para o lançamento de editais para fomento de Pontos de Cultura para realizarem ações dentro dos conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida.
Atualmente o Cultura Viva possui mais de 4500 Pontos de Cultura em todos os estados do Brasil e são 3 milhões de unidades contratadas pelo Programa MCMV. A intenção dos Pontos de Cultura é articular atividades no entorno dos residenciais e auxiliar na redução de casos de violência a partir da criação de sentimento de pertencimento, identidade, protagonismo e potência. Os editais irão prever ações que envolvam jovens e adultos que habitam os residenciais além de promover atividades de formação e programação cultural. O secretário de Políticas Culturais, Guilherme Varella, lembrou ainda a importância da formação, de “capacitar agentes e colocar a cultura nos planos diretores”.
Parceria estratégica
A questão da ocupação urbana é considerada pelo Ministério da Cultura como um dos grandes temas da atualidade e a Cultura, como elemento estratégico para promoção de qualidade de vida, desenvolvimento e planejamento urbano. “Nossos ministérios (Cidades e Cultura) têm muita coisa a ver. Os problemas humanos são também problemas urbanos”, comentou o ministro Juca Ferreira. “O programa Minha Casa, minha vida está bem, mas pode ser qualificado, podemos acrescentar centros culturais e teatros (por exemplo). Traz coesão e qualidade de vida”, completou.
Outro ponto abordado na reunião foi a questão da revitalização e habitação em centros históricos. Uma das ideias defendidas pelo MinC é que centros históricos não deveriam se restringir apenas a atividades turísticas e culturais e que imóveis ociosos possam se tornar espaços de habitação social, além de haver, nesses espaços, melhoria das condições dos edifícios onde a população já mora.
Durante a reunião, o ministro das Cidades se mostrou empenhado em trabalhar em conjunto e aberto às propostas, além de sugerir reuniões futuras mais específicas para avançar nas questões trazidas durante a reunião.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura