A cultura brasileira é uma das mais diversas e ricas do mundo. O Brasil carrega consigo a potência da integração dos diferentes, da convivência e harmonia da pluralidade, fato raro de se encontrar em outros países. È pensando nesta riqueza e neste amplo escopo de manifestações culturais que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, anuncia a nova plataforma que irá possibilitar o mapeamento e cadastro das iniciativas de cultura com base territorial e comunitária do país.
A partir da Rede Cultura Viva entidades e coletivos culturais poderão se autodeclar Pontos de Cultura, sendo reconhecidos como tal pelo estado brasileiro. Este processo é uma reivindicação histórica do movimento cultural e vai possibilitar o mapeamento, estímulo e valorização das ações culturais desenvolvidas pela sociedade civil, envolvendo entidades, grupos, coletivos, redes, artistas, produtores e demais expressões da diversidade cultural brasileira.
Ponto de Cultura pode ser qualquer entidade sem fins lucrativos, grupos ou coletivos com ou sem constituição jurídica, de natureza ou finalidade cultural, que desenvolvam e articulem atividades culturais em suas comunidades ou em redes. Suas ações atingem os mais diversos segmentos da cultura brasileira e estimulam novos arranjos econômicos.
A Política de Cultura Viva contempla iniciativas ligadas à cultura de base comunitária, indígenas, quilombolas, de matriz africana, economia solidária, produção cultural urbana e periférica, cultura digital, cultura popular, com ampla incidência no segmento da juventude, abrangendo todos os tipos de linguagem artística e cultural como música, artes cênicas, cinema, circo, literatura, entre outras.
Inspiração para mais 6 países que já implementaram políticas similares, o Cultura Viva é uma invenção brasileira e está presente em todo território nacional. Os Pontos de Cultura movimentam cerca de 8 milhões de pessoas em 2011, segundo dados do do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e estão nos 27 estados da federação.
Mais do que um site de cadastro, a Rede vai funcionar como um banco de metodologias, trocas, serviços, direitos e dados. Por meio dela também será possível uma experimentação ampliada de cogestão de políticas culturais, uma vez que a rede proporcionará relação direta entre o estado e a sociedade.