Ciganos debatem políticas públicas, hoje, em Pernambuco

A situação das comunidades ciganas de Pernambuco, os direitos políticos e sociais, a preservação da memória e da tradição dos povos ciganos são os principais temas a serem debatidos durante o I Seminário sobre Povos Ciganos que acontece hoje (15) em Olinda. Comunidades tradicionais da Paraíba e do Rio Grande do Norte também participarão do encontro promovido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade e Associação dos Ciganos de Pernambuco, em parceria com a Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos, além de outras instituições.

“Esse evento é muito importante para a comunidade cigana de Pernambuco porque nos dá visibilidade e também fazer uma provocação para que o Estado cuide mais das comunidades ciganas”, destacou o cigano calon Enildo Soares, presidente da Associação dos Ciganos de Pernambuco. Segundo ele, existem cerca 20 mil ciganos, a maioria da etnia Calon. “O Brasil tem um milhão de ciganos, e o Nordeste é a região com maior número. Eles são divididos em três etnias: Calon, Rom e Sinti. A diferença entre elas é a cultura e a língua”, explica o líder, que também é conselheiro de Igualdade Racial e de Direitos Humanos da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado.

comunidade-cigana“As principais dificuldades que as comunidades ciganas de Pernambuco enfrentam é a falta de políticas públicas na área de saúde, educação, trabalho e moradia”, afrima Enildo Soares. Durante o seminário será anunciado o lançamento do curso de Cultura e Língua Cigana na Funeso, em Olinda. Também será aberta a Mostra de Fotografias com o tema “Os Ciganos nos estados do Nordeste do Brasil”, regada a músicas e danças típicas, com o grupo “Romni ande mulo roma”. A programação acontece no auditório da Universidade Federal de Pernambuco, a partir das 9 horas.

Políticas para os povos ciganos

Em 2014, o Ministério da Cultura realizou a terceira edição do Prêmio Culturas Ciganas, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC), em parceria com a Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SECOMT/SEPPIR/PR). O objetivo do Prêmio é reconhecer e estimular iniciativas de cultura que atuem na preservação e proteção das Culturas Ciganas no Brasil.

O pagamento dos prêmios para os 76 projetos selecionados estava prestes a ser realizado quando, devido a uma decisão do Juiz Federal Substituto Márcio Augusto de Melo Matos, (da 4ª Vara Federal de Ribeirão Preto/SP, em 06 de março de 2015), o Edital foi suspenso e o processo foi interrompido. A Secretaria continua acompanhando o caso. Entenda-o

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