Abertura do IberCultura Viva para sociedade é pauta da reunião do comitê intergovernamental

A participação da sociedade civil no âmbito do programa IberCultura Viva foi o principal tema do segundo dia de reunião do Comitê Intergovernamental, nesta quinta-feira (29), durante o II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, em San Salvador (El Salvador). Representantes do Brasil, Costa Rica, El Salvador, Espanha e Paraguai discutiram durante a manhã a criação de uma instância que funcione como um espaço de diálogo com a sociedade civil.

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Foi proposto o estabelecimento de um grupo de trabalho interssetorial, com participação de representantes do Conselho de Cultura Viva Comunitária, do programa IberCultura Viva, de governos municipais e estaduais, além de parlamentares. Esse grupo deverá garantir o equilíbrio de representação das diferentes regiões da Ibero-América e contar, inicialmente, com a participação de cinco pessoas da sociedade civil.

Durante a reunião do Comitê Intergovernamental também foi proposta a ampliação dos recursos do Edital IberCultura Viva de Intercâmbio, nas categorias 1 e 3, para que um maior número de projetos seja contemplado: de US$ 20 mil, o montante passará a US$ 70 mil (US$ 35 mil para a categoria 1; US$ 35 mil para a categoria 3). Em vez de dois projetos por categoria, serão contemplados sete em cada uma delas. O prazo de inscrição terminará em 1º de dezembro.

À noite, as propostas foram levadas ao Auditório de Economia da Universidade de El Salvador, onde houve uma sessão de trabalho do comitê com o Conselho de Cultura Viva Comunitária, a Rede Maraca, ganhadores da categoria 2 do Edital de Intercâmbio e integrantes de delegação brasileira.

Os participantes do debate fizeram sugestões, questionamentos, comentários. O boliviano Ivan Nogales ressaltou que o mais importante não é o fundo, e sim o que está em jogo. “O forte está no potencial da mesa de participação, da corresponsabilidade”, afirmou. A costarriquenha Carolina Picado Pomarth destacou a necessidade de fortalecimento de redes locais, da articulação local para o diálogo com outras instâncias.

Alexandre Santini, da Secretaria de Cidadania e Diversidade do Ministério da Cultura, destacou o que processo de autodeclaração que marca a retomada da política nacional cultura viva nas terras brasileiras. Foto: Carla Santos
Alexandre Santini, da Secretaria de Cidadania e Diversidade do Ministério da Cultura, destacou o que processo de autodeclaração que marca a retomada da política nacional cultura viva nas terras brasileiras. Foto: Carla Santos

O terceiro dia do II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária também foi marcado pela marcha dos coletivos salvadorenhos, que reuniu cerca de 1000 pessoas pela manhã. Eles saíram da universidade rumo à Assembleia Legislativa pedindo um orçamento justo e a aprovação de uma Lei Nacional de Cultura.

À tarde, o diretor da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Alexandre Santini, falou para representantes das Casas da Cultura de El Salvador no Auditório Interinstitucional do Centro de Governo. Em seguida, reuniu-se com a delegação brasileira na Universidade de El Salvador numa roda no jardim, onde todos se apresentaram e contaram um pouco de seus trabalhos.

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